Olinda: Um Patrimônio Histórico e Cultural
Olinda tem valioso casario colonial, arquitetura, história e Carnaval.
Importância Histórica
Olinda, em Pernambuco, é uma das mais importantes cidades históricas brasileiras e reúne um rico casario colonial, além de sediar uma das mais animadas festas de Carnaval do país.

Cultura e Vida Local
É, ao mesmo tempo, a cidade dos frades e freiras, dos foliões desvairados, dos guias-mirins de fala veloz, dos artistas plásticos e dos músicos populares; é, ainda, lugar para contemplar o mar e os coqueirais banhados de sol, revelados pelos seus mirantes, de onde se vê também a capital pernambucana distante apenas 7 quilômetros.
Arquitetura Colonial
A arquitetura colonial em Olinda tem suas origens no período da colonização portuguesa, que começou no século XVI.
Durante esse tempo, a cidade foi planejada com uma estrutura urbana que refletia os ideais da época, combinando elementos da cultura europeia com as características locais.
A maioria das construções foi inspirada na arquitetura manuelina e nas tradições arquitetônicas de Portugal, incorporando azulejos, arcos e fachadas decoradas.
Os colonizadores utilizaram materiais disponíveis na região, como pedra e madeira, que contribuíram para o estilo único das edificações.

Patrimônio Religioso
Olinda é famosa por suas igrejas barrocas, como a Igreja de São João Batista e a Sé Catedral, que são exemplos notáveis da arquitetura religiosa do período, apresentando detalhes ornamentais ricos e altares elaborados.
A cidade também passou por várias fases de desenvolvimento, incluindo a invasão holandesa no século XVII, que trouxe influências de estilos arquitetônicos diferentes, mesclando-se ao legado português.

Por que ir a Olinda?
- Visitar Olinda é uma experiência rica em cultura e história.
- A cidade oferece um ambiente vibrante, repleto de festivais, arte e tradições.
- Durante o Carnaval, as ruas se enchem de música, dança e alegria, oferecendo uma imersão na cultura pernambucana.
- A beleza das ladeiras, o charme das casas coloridas e a vista do mar tornam a visita ainda mais especial.
- Os turistas podem explorar museus, ateliês de artistas locais e saborear a deliciosa gastronomia da região.
- Olinda é, sem dúvida, um destino imperdível para quem busca conhecer mais sobre a cultura brasileira.
O que torna o Carnaval de Olinda uma experiência única?
O Carnaval de Olinda é considerado uma experiência única por vários motivos:
- Cultura Autêntica: O Carnaval de Olinda é um reflexo da cultura pernambucana, com uma forte presença de tradições locais. Os blocos de rua, os ritmos como o frevo e o maracatu, e as danças típicas são expressões autênticas da identidade cultural da região.
- Blocos de Rua: Ao contrário de muitos carnavais que ocorrem em grandes desfiles em sambódromos, o Carnaval de Olinda acontece nas ruas, com blocos que reúnem pessoas de todas as idades. Isso cria uma atmosfera mais inclusiva e participativa, onde todos podem se juntar à festa.
- Foliões Fantasiados: As pessoas se vestem de maneira criativa e colorida, com fantasias que vão desde trajes tradicionais até fantasias mais contemporâneas e engraçadas. Os bonecos gigantes, que representam personagens da cultura popular, são um destaque visual e atraem tanto moradores quanto turistas.
- Música e Dança: O som vibrante do frevo, um gênero musical e de dança típico da região, anima as ruas. Os foliões dançam ao som de bandas locais e DJs, criando uma atmosfera cheia de energia e alegria. A música é uma parte essencial da celebração, e as pessoas se entregam à dança.
- Interação Social: O Carnaval de Olinda promove uma interação social intensa. Moradores e visitantes celebram juntos, compartilhando risadas, danças e bons momentos. Essa convivência cria laços e um senso de comunidade que é difícil de encontrar em outros lugares.
- Cenário Histórico: A cidade de Olinda, com seu casario colonial e ladeiras íngremes, proporciona um cenário deslumbrante para a festa. A beleza do local, combinada com a energia do carnaval, torna a experiência ainda mais especial.
- Gastronomia Local: Durante o carnaval, a culinária pernambucana se destaca, com barracas que oferecem pratos típicos, como acarajé, caldinho, e outras delícias regionais. Os foliões podem provar a gastronomia local enquanto desfrutam da festa.
- Acessibilidade: O Carnaval de Olinda é conhecido por ser acessível a todos, com uma atmosfera amigável e acolhedora. Não há grandes cercas ou barreiras, permitindo que todos participem da festa de maneira livre.

Esses elementos combinados fazem do Carnaval de Olinda uma das festas mais vibrantes e autênticas do Brasil, atraindo turistas de todo o mundo em busca de uma experiência cultural rica e inesquecível.
Experiência Turística
Andar pelas belas ladeiras de Olinda requer disposição e um pouco de paciência e cuidado; turistas são frequentemente assediados por ambulantes e guias. As praias de Olinda, com infraestrutura, em geral ficam muito cheias, e o calçadão convida a uma boa caminhada.
Belezas Naturais
A arquitetura de Olinda surge entre os esplendores da natureza tropical. O oceano aparece no fundo do quadro, por trás das torres e dos coqueiros. Entre as ruelas, vegetação tropical enche a colina.

Videos – Atrações e Pontos Turísticos de Olinda PE

Olinda em Pernambuco06:33

Drone - Olinda em Pernambuco01:00

Carnaval em Olinda PE05:26

Patrimonio Mundial da Unesco Olinda PE01:58

Arquitetura e História de Olinda PE11:19

Museu de Arte Sacra de Pernambuco10:34
Atrações e Pontos Turísticos de Olinda PE
- MIRANTES
- RUA DO AMPARO
- MERCADOS DE OLINDA
- MUSEU DE ARTE SACRA DE PERNAMBUCO
- MÁSCARAS DE PAPEL MACHÊ NO CARNAVAL
- O CARNAVAL PELAS LADEIRAS DE OLINDA
- CASA DA RABECA DO BRASIL
- IGREJA E MOSTEIRO DE SÃO BENTO
- CIRCUITO DAS ARTES
- IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA E SEMINÁRIO DE OLINDA
- CONJUNTO DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO
- IGREJA E CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
- IGREJA DE NOSSA SENHORA DO MONTE
- IGREJA DE NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA
- CATEDRAL DA SÉ
1. MIRANTES
Por toda a cidade, há brechas para vistas maravilhosas: nos quintais de restaurantes, nos becos e no fim de cada ladeir, descortinam-se casas, árvores e o mar.
Dois mirantes são bastante tradicionais: o da igreja de Nossa Senhora da Misericórdia e o do Alto da Sé, ambos alcançados a pé pela ladeira da Misericórdia. A diversão é subi-la de costas (cuidado com os paralelepípedos irregulares!) para ver a paisagem “crescer” aos poucos.
A ladeira da Sé é menos íngreme, mas não tem o mesmo charme.
No alto, fica a igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, diante da qual se estendem bancos sinuosos. Deles, o visitante vê os célebres quatro cantos de Olinda, ponto onde se cruzam as quatro ruas principais da cidade: a ladeira da Misericórdia, a rua Bernardo Vieira de Melo, a rua Prudente de Moraes e a rua do Amparo. O conjunto de casas é permeado por altos coqueiros e mangueiras de copas frondosas; as torres das igrejas se seguem ao mar e, mais ao longe, ao porto e à cidade de Recife, com um trecho do rio Capibaribe.
O Alto da Sé, a um quarteirão, é o ponto mais alto de Olinda. Ali, onde Duarte Coelho ergueu sua casa há muito desaparecida, tem-se a melhor vista da vizinha Recife. É possível contemplar os telhados do antigo casario e as torres das igrejas da Cidade Alta.
A sugestão é, no fim da tarde, assistir tranquilamente ao pôr do sol e zanzar pela feirinha do Alto da Sé, onde se saboreiam tapiocas crocantes ou queijo de coalho assado na hora.
2. RUA DO AMPARO

A tradicional rua do Amparo concentra ateliês, museus e lojas.
3. MERCADOS DE OLINDA

Segundo a lenda, o Mercado da Ribeira era ponto de comercialização de escravos. No entanto, não é verdade; no antigo prédio do palácio do século XIX, vendiam-se apenas frutas e hortaliças.
Atualmente, funciona ali uma feira, com dezesseis boxes que oferecem peças de artesanato e obras de artistas locais (rua Bernardo Vieira de Melo, s/n, Varadouro).
O Mercado Eufrásio Barbosa, na entrada da cidade, foi sede da Casa da Alfândega Real, onde eram vendidos produtos vindos da Europa no século XVII.
Hoje, o mercado reúne lojas de artesanato, lanchonetes e casas que vendem alimentos diversos, além de um teatro com 250 lugares, sede do maracatu Nação Pernambuco, que abre nos fins de semana para apresentações de grupos locais (largo do Varadouro, s/n, Varadouro).
4. MUSEU DE ARTE SACRA DE PERNAMBUCO

O Museu de Arte Sacra de Pernambuco em Olinda está muito bem localizado no alto da Sé. O prédio do século XVI já foi Câmara; residência oficial do bispo, colégio, quartel e abrigo para freiras.
Inaugurado no dia 11 de abril de 1977, o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe) está instalado numa das primeiras edificações da Vila de Olinda, a antiga Casa da Câmara, fundada por Duarte Coelho em 1537. Em 1676, quando Olinda foi elevada ao status de cidade, o edifício serviu como Palácio Episcopal para o seu primeiro Bispo, Dom Estevão Brioso de Figueiredo.
O antigo Palácio dos Bispos de Olinda, pertencente à Arquidiocese de Olinda e Recife, sofreu várias adaptações ao longo dos séculos XVIII e XIX, servindo como residência coletiva de religiosos, colégio e quartel do exército durante a 2ª Guerra Mundial. Em sua fachada, é possível ver o antigo brasão episcopal e uma placa da Unesco, de 14 de dezembro de 1982, que declara Olinda Monumento Cultural da Humanidade.
Privilegiado por sua localização e amplitude, o antigo Palácio dos Bispos foi transformado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) em espaço para exposição e estudo da arte sacra ou de inspiração religiosa.
O acervo fixo do Maspe, que começou a ser construído a partir de mais de uma centena de peças cedidas pela Arquidiocese de Olinda e Recife, hoje reúne objetos de culto como santos populares e de procissão, relicários, custódias e pinturas religiosas. Um dos destaques deste acervo é a coleção de imagens antigas eruditas, policromadas e douradas, datadas do século XVI.
Seu acervo abrange pinturas coloniais feitas por índios, em ateliês administrados pelos jesuítas em Bogotá, Cuzco, La Paz, Quito e em outras cidades coloniais, além de imagens de madeira, argila e gesso esculpidas por artistas populares.
Há uma sala dedicada a mapas antigos e uma relação dos monumentos de Olinda. O museu oferece visitas monitoradas. Rua Bispo Coutinho, 726, Alto da Sé.
5. MÁSCARAS DE PAPEL MACHÊ NO CARNAVAL

As coloridas máscaras de papel machê criadas por mestre Julião retratam figuras humanas com feições exageradas, animais ou diabos com notáveis chifres.
Essas máscaras têm uma origem rica e variada, que se entrelaça com tradições culturais de diferentes partes do mundo.
Origem das Máscaras
O uso de máscaras remonta a civilizações antigas, como os egípcios, que as utilizavam em rituais e festivais. Durante a Idade Média e o Renascimento, as máscaras começaram a ser associadas a festivais e celebrações, especialmente nas festas de Carnaval.
Na Itália, as máscaras de papel machê tornaram-se populares durante o Carnaval de Veneza, onde eram usadas para ocultar a identidade e permitir a liberdade de expressão.
O papel machê, feito a partir de papel reciclado ou triturado misturado com cola ou água, surgiu como um material leve e econômico para a confecção de máscaras, se espalhando pela Europa e, eventualmente, pelo mundo.
No Brasil, essas máscaras foram incorporadas às tradições do Carnaval, especialmente nas festividades de Olinda e Recife. Artistas locais, como mestre Julião, popularizaram a arte de criar máscaras coloridas e expressivas, que se tornaram símbolos do Carnaval pernambucano.
Produção Atual
A família do artista, falecido no fim da década de 1990, continua produzindo as máscaras, que são vistas com frequência no rosto dos foliões que brincam no meio do Carnaval de Olinda, ou mesmo dentro das casas, como peça decorativa.
Elas são encontradas no ateliê Julião das Máscaras (av. Joaquim Nabuco, 1102, Varadouro).
Bonecos Gigantes
Os bonecos gigantes, produzidos principalmente pelo artista plástico Silvio Botelho, são outra tradição do Carnaval de Olinda.
Eles têm, em média, 3,6 metros de altura e pesam até 50 quilos. O ateliê está fechado, mas o artista aceita encomendas; os bonecos, que custam cerca de R$ 3 mil cada um, levam uma semana para ficar prontos (rua do Amparo, 45, Carmo).
Museu do Mamulengo
O Museu do Mamulengo, localizado próximo ao mercado da Ribeira, possui um acervo de grande valor cultural, composto por mais de setecentos bonecos (rua São Bento, 344, Varadouro).
Veja História do Carnaval de Olinda e de seus bonecos gigantes
6. O CARNAVAL PELAS LADEIRAS DE OLINDA
Escolas de samba, troças, ursos, afoxés, maracatus rurais e nação, grupos de caboclinhos, blocos de bonecos e agremiações diversas alternam-se no Carnaval de Olinda, arrastando cerca de 2 milhões de foliões pelas ladeiras históricas da Cidade Alta.
A brincadeira inicia-se pela manhã e cessa na madrugada. Estima-se que haja cerca de 350 agremiações, cada qual com sua orquestra, motivos, cores, perfil, dia e hora para desfilar. A programação completa, que é disponibilizada cerca de quinze dias antes da festa, circula por hotéis, pousadas, restaurantes e espaços públicos.
A prefeitura dividiu a cidade em pólos temáticos (frevo, maracatu) que podem mudar de nome a cada ano. Entre as agremiações tradicionais figuram Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante, Vassourinhas, Lenhadores, Grêmio Lítero Recreativo Eu Acho é Pouco, Enquanto Isso na Sala de Justiça e o Bacalhau do Batata, que encerra o Carnaval na quarta-feira.
Segunda-feira é dia do encontro dos maracatus, que se inicia no bairro Cidade Tabajara rumo às ladeiras de Olinda. O colorido fica por conta das criativas fantasias, incluindo as máscaras de papel machê do ateliê de Julião das Máscaras, além das produções individuais que evocam desde super-heróis a personalidades mundiais.
Os bonecos gigantes são uma atração à parte. Um deles, o Homem da Meia-Noite, criado em 1932, abre a festa à meia-noite do sábado.
Na terça-feira, ocorre o tradicional Encontro de Bonecos, quando podem ser vistos outros integrantes da família, desfilando com orquestras de frevo: a Mulher do Meio-Dia, de 1967, o Filho do Homem da Meia-Noite, de 1980, o Menino e a Menina da Tarde, de 1974.
7. CASA DA RABECA DO BRASIL
O espaço Casa da Rabeca em Olinda funciona na oficina de mestre Salustiano, ou simplesmente mestre Salu, profundo conhecedor da cultura popular pernambucana; seu pai, Manuel Salustiano Soares, foi fundador da tradicional agremiação Maracatu Piaba de Ouro.

Mestre Salu, responsável pela preservação do maracatu rural, do coco, das cirandas e dos caboclinhos, promove o tradicional encontro de maracatus de baque-solto e baque-virado durante o Carnaval de Olinda.
A Casa da Rabeca tem vasta programação de shows com artistas populares o ano inteiro, sobretudo grupos de forró pé-de-serra e repentistas. Rua Curupira, 340-B, Cidade Tabajara.
8. IGREJA E MOSTEIRO DE SÃO BENTO
A Igreja de São Bento em Olinda, com suas pesadas portas de jacarandá, figura entre as mais ricas da cidade: o altar-mor possui bela talha de cedro dourada a ouro, e o painel no teto narra a vida de São Bento.

Também chamam a atenção as colunas de arenito que suportam o pesado coro, os púlpitos bem trabalhados e a rebuscada sacristia.
O conjunto, de estilo predominantemente barroco, foi erguido no fim do século XVI, incendiado pelos holandeses em 1631 e restaurado em 1761. No século XIX, a construção abrigou uma das primeiras escolas de Direito do país.
Aos domingos, às 10 horas, os 27 monges abrem as portas da igreja e acompanham a missa com canto gregoriano. Rua de São Bento, s/n, Varadouro.
Veja História e Arquitetura do Mosteiro de São Bento em Olinda PE
9. CIRCUITO DAS ARTES
Nas ladeiras de Olinda encontram-se ateliês de vários artistas plásticos, alguns dos quais têm uma trajetória que se confunde com a história da arte no país. Parte deles recebe visitantes em horários preestabelecidos; outros, sob agendamento prévio.

10. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA E SEMINÁRIO DE OLINDA
Duarte Coelho a ergueu como uma ermida em 1552. Foi doada aos jesuítas para que fizessem a catequização dos indígenas e construíssem o Real Colégio de Olinda, conhecido como “Coimbra das Américas”, o que foi concluído em 1575. A igreja foi incendiada pelos holandeses e restaurada a partir de 1660.
No local, funcionaram o Colégio Arquidiocesano, a Faculdade de Arquitetura, a Escola de Agronomia e o Seminário da Arquidiocese, que ainda está em atividade e onde o padre Antônio Vieira lecionou. Apesar das intervenções, o conjunto é uma rara mostra da arquitetura do século XVI (quinhentista).
Em seus altares laterais figuram as mais antigas construções de pedra do Brasil. A visita, sempre restrita a alguns espaços, pode ser monitorada, desde que com agendamento prévio. Rua Bispo Coutinho, s/n, Alto da Sé.
Veja História e Arquitetura do Seminário de Olinda e Igreja de Nossa Senhora da Graça em Olinda PE
11. CONJUNTO DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO
Os franciscanos começaram a erguer o prédio em 1585 e ampliaram as instalações gradualmente.
O conjunto, que compreende a igreja de Nossa Senhora das Neves, a capela de São Roque e o convento, sofreu danos durante a invasão holandesa e foi reformado no século XVII.

No claustro, dentro do convento, destaca-se a sala do capítulo, o único cômodo remanescente do convento original, decorado com azulejos portugueses em azul, amarelo e vermelho, que formam a grande riqueza deste conjunto, ornando também a igreja, os corredores do convento e a capela.
No interior da igreja impressionam o forro em caixotão com pinturas da Sagrada Família, do século XVIII, e os painéis de azulejo que narram a vida de Nossa Senhora, entre eles um que mostra a circuncisão de Jesus.
Nos fundos, vale apreciar a sacristia, com belo entalhe no faustoso arcaz de jacarandá. Na capela, interligada à igreja, podem ser observados os detalhes das talhas. Rua São Francisco, 280, Carmo.
Veja também História, Construção e Arquitetura do Convento Franciscano de Olinda

12. IGREJA E CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
A preciosa construção, hoje a cargo das irmãs dorotéias, era um local de recolhimento de senhoras no século XVI. É aberta ao público apenas durante os horários de missa.
Após ter sido incendiada pelos holandeses, a igreja erguida em 1585 foi reconstruída em 1675 e transformada em convento. Destacam-se na igreja as pinturas do forro, que retratam etapas da vida de Nossa Senhora.
Destaca-se também a imagem barroca de Nossa Senhora da Conceição, adornada com pintura em ouro, policromada e coroa de prata. Largo da Misericórdia, s/n, Alto da Sé.
13. IGREJA DE NOSSA SENHORA DO MONTE
A Igreja de Nossa Senhora do Monte, construída em 1540, está em uma região erma, a 55 metros acima do nível do mar. Daí não ter sofrido grandes estragos durante a invasão holandesa.

Chama a atenção o arco de pedra que emoldura a porta de entrada.
O interior é simples, sem forro, com a estrutura do telhado aparente. O altar, austero, guarda a imagem de são Bento. Hoje, trinta monjas beneditinas vivem ali.
A sugestão é visitar a igreja às 17 horas, quando as monjas cantam e vendem, na porta lateral, seus tradicionais bricelets (finíssimas camadas de massa feita com trigo, dobradas como um papel formando um biscoito folhado).
A receita suíça transforma-se em algo que beira o sagrado graças à delicadeza na execução da massa. Podem ser feitas encomendas. Praça Nossa Senhora do Monte, s/n, Bultrins.

14. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA
Também chamada de Igreja de Nossa Senhora da Luz, foi erguida em 1540, ao lado da Santa Casa de Misericórdia. Incendiada nas batalhas contra os holandeses, foi restaurada após a expulsão dos invasores.
Em seu interior, destacam-se a talha em estilo Dom João V presente no púlpito e altar, bem como os painéis do forro com passagens da vida da Virgem Maria e a pia batismal em cantaria portuguesa.
É mantida pelas irmãs beneditinas, que cantam nas missas diárias às 18 horas. Do adro, tem-se bela vista de Olinda. Rua Bispo Coutinho, s/n, Carmo.
15. CATEDRAL DA SÉ
A Catedral da Sé é a principal igreja de Olinda. A Catedral da Sé, ou Igreja de São Salvador do Mundo, padroeiro da cidade, passou por várias fases.

A primeira construção, pequena e de taipa, data de 1540; em 1584 foi erguida uma igreja de pedra e cal, posta abaixo pelos holandeses e restaurada a partir de 1656.
Depois de extensos trabalhos de restauração ao longo do século XX, uma nova obra recuperou o traçado quinhentista.
As etapas estão registradas em desenhos e fotos expostos na parede lateral da igreja. No interior, destacam-se os painéis de azulejos do século XVII; próximo do altar-mor está o túmulo de Dom Hélder Câmara, ex-arcebispo de Olinda.
Do lado de fora, descortina-se uma das mais belas vistas de Olinda e Recife. Cúria: Ladeira da Sé, s/n, Carmo.
Detalhes da arquitetura e história da Catedral da Sé de Olinda
Veja As igrejas mais antigas de Pernambuco e a primeira igreja do Brasil
História de Olinda – PE
- Inscrição na Lista do Patrimônio Mundial
- Ocupação do Brasil
- O ciclo da cana de açúcar
- Traçado urbano
1. Inscrição na Lista do Patrimônio Mundial
O conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Olinda foi inscrito no Livros de Tombo de Belas Artes, no Histórico e no Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico em 1968.
Em 17 de dezembro de 1982, a cidade foi inscrita pela UNESCO na Lista do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural.

2. Ocupação do Brasil
Olinda foi fundada em 1537 por Duarte Coelho Pereira, primeiro Donatário da Capitania de Pernambuco.
O nome da vila, conta a tradição, surgiu de uma expressão de encantamento de Coelho diante da paisagem avistada do alto das colinas: “Ó linda situação para se fundar uma villa”.
Os portugueses escolheram o sítio para sediar o Governo, seguindo a tradição mediterrânea das cidades localizadas em elevações, como meio de defendê-las militarmente. Alguns quilômetros ao sul, na atual cidade do Recife, localizou-se o porto.
O centro histórico de Olinda conserva, com muita fidelidade, a trama urbana, a paisagem e o sítio da vila fundada ainda na primeira metade do século XVI, quando os portugueses iniciaram a ocupação da terra descoberta em 1500.
O traçado urbano é informal, característico dos povoados portugueses de origem medieval, e tem seu encanto intensificado pela paisagem e pela localização.
Nas elevações, todo o conjunto edificado está envolvido pela vegetação. Plantada nos logradouros, nos jardins e nos quintais, árvores frutíferas como coqueiros, mangueiras, jaqueiras, sapotizeiros e outras, dão ao sítio valor dominante de núcleo urbano imerso em massa verde, sob a luz tropical, tendo ao pé a praia e o oceano.
O caráter próprio e diferenciado de Olinda está nessa ambiência paisagística, que a identifica ao longo de sua história.
3. O ciclo da cana de açúcar
O ciclo da cana-de-açúcar transformou Olinda num dos mais importantes centros do Brasil Colonial. Com a conquista de Pernambuco pelos holandeses em 1630, a cidade foi incendiada e a capital transferida para Recife.
Tornando-se desde os últimos anos dos quinhentos um dos núcleos mais importantes do ciclo da cana-de-açúcar, Olinda progrediu rapidamente, beneficiada pela alta cotação do produto no mercado internacional dos séculos XVI e XVII.
Em 1612, centralizava a produção dos 99 engenhos de açúcar de Pernambuco, quando a Bahia, sede do Governo Geral da Colônia, só contava 50.
O açúcar, que fez a riqueza de Olinda, motivou, também, a invasão holandesa. Em disputa do monopólio do produto, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais invadiu a vila e a ocupou militarmente, em 1630.
Um ano depois, julgando-a de localização inadequada – não só por facilitar a reação portuguesa como por sua distância do porto – os holandeses a abandonaram e incendiaram, transferindo-se para o Recife.
De suas ruínas, ficaram testemunhos admiráveis, como as telas de Frans Post (1612-1680), um dos primeiros artistas que registraram a paisagem tropical do Brasil.
Restaurado o domínio português em 1654, Olinda e Recife passaram a disputar a hegemonia política da Capitania.
Os produtores de açúcar e as ordens religiosas empenharam-se em fazer retornar a administração para a antiga sede, em oposição aos grupos interessados no comércio marítimo, que favoreciam Recife.
Os primeiros venceram a disputa e Olinda voltou a sediar o Governo pernambucano. A reconstrução de Olinda foi realizada, de forma lenta, nos 100 anos seguintes.
Em 1676, Olinda tornou-se a cabeça do Bispado de Pernambuco e foi elevada à categoria de cidade.
Surgem novas igrejas e as primitivas, construídas no início do século XVI, quase todas atingidas pelo incêndio de 1631, são restauradas.
Situada à beira-mar, a cidade acomoda-se sobre oito colinas interligadas, em seus topos, por ruas e ladeiras íngremes, e comunicando-se nas proximidades dos rios Capibaribe e Beberibe.
4. Traçado urbano
O casario colorido, característico do povoamento português colonial, e a imponência de suas igrejas brancas, destacam-se contra o verde intenso da vegetação tropical e o azul turmalina do mar.
A brisa que movimenta os coqueirais banhados pela intensa luminosidade tropical faz de Olinda um lugar inesquecível.
O traçado urbano é informal, característico dos povoados portugueses de origem medieval, e tem seu encanto intensificado pela paisagem e pela localização.
Nas elevações, todo o conjunto edificado está envolvido pela vegetação. Plantada nos logradouros, nos jardins e nos quintais, árvores frutíferas como coqueiros, mangueiras, jaqueiras, sapotizeiros e outras, dão ao sítio valor dominante de núcleo urbano imerso em massa verde, sob a luz tropical, tendo ao pé a praia e o oceano.
O caráter próprio e diferenciado de Olinda está nessa ambiência paisagística, que a identifica ao longo de sua história.
As ruas acompanham as cristas, as curvas de nível, ou sobem pelas encostas, por vezes pelas linhas de maior aclive. Elas se formaram e permanecem até hoje sinuosas, interligando as igrejas, os conventos e as principais edificações.
Ora se definem a partir das fachadas das casas, que se estendem continuamente, ora são delimitadas pelos muros que cercam quintais e jardins, apresentando-se irregulares no traçado, em suas larguras e em seus cruzamentos.
Junto ao casario – singelo, em sua maioria, mas admiravelmente integrado ao conjunto – erguem-se igrejas notáveis, seja por seu valor arquitetônico, seja pela qualidade de seus elementos decorativos, como talhas de altares, pinturas, painéis de azulejos, etc.
Essas edificações foram construídas a partir do século XVI pelas missões religiosas que ali se fixaram.
A arquitetura civil residencial combina elementos do século XVII, com seus balcões de treliça, a outros, do XVIII e do XIX, com revestimentos de azulejos, e elementos neoclássicos do início do século atual.
As características da arquitetura popular olindense tornaram-se marcantes: manifestação da cultura herdada de Portugal e adaptada às condições brasileiras, adquiriram caráter próprio e continuidade no tempo.
As alterações de formas e usos, que testemunham o processo evolutivo do conjunto, se fizeram sem o sacrifício da implantação urbana primitiva e da relação de integração paisagística.
A paisagem e a arte se reúnem admiravelmente em Olinda. A riqueza das 20 igrejas e conventos barrocos, notáveis por sua arquitetura e pela qualidade de seus elementos decorativos, soma-se ao singelo casario, com fachadas de azulejos e balcões de treliça.
5. Gravuras Históricas de Olinda

Vista impressionante do Fort William holandês com sua igreja central e fortes paliçadas. Olinda está localizada em um morro ao fundo. Cártula estilo fita no céu. “Arx Principi Guiljelmi”, Montanus, Arnoldus
![Gravura de Olinda de 1634 Duas plantas das colônias açucareiras portuguesas no Brasil durante a invasão holandesa em 1630. A vista superior mostra a cidade de Olinda com duas figuras em primeiro plano exibindo um pano no qual estão expostas a chave com quatorze nomes de prédios. Abaixo, uma visão offshore mostra a frota holandesa atacando o porto e o forte. "Olinda [on sheet with] Olinda de Phernambuco", Merian, Matthaus](https://turismo.b-cdn.net/wp-content/uploads/2023/04/Gravura-de-Olinda-de-1634-1024x845.jpg)


Esta esplêndida vista ilustra o ataque holandês à cidade portuguesa de Olinda em 1630. Durante a maior parte do século XVII, Portugal e Holanda fizeram um acordo comercial em que as colônias portuguesas no Novo Mundo produziam açúcar e os holandeses o distribuíam pela Europa usando seus vasta rede comercial. Após a fusão dos reinos de Portugal e Espanha, os holandeses perderam o monopólio da distribuição e criaram a Companhia das Índias Ocidentais em 1621. Pouco depois os holandeses iniciaram seu ataque a Pernambuco, primeiro em Salvador e depois em Olinda. “Olinda de Phernambuco”, Montanus, Arnoldus

Vista impressionante do Forte William holandês no Rio Afagados com sua igreja central e fortes paliçadas. Olindia está localizada em um morro ao fundo. O Forte Príncipe Guilherme fazia parte das defesas holandesas de Pernambuco. Esta gravura detalhada foi inspirada em uma pintura de 1639 do célebre pintor holandês Frans Post. “Arx Principis Guiljelmi”, Montanus, Arnoldus
![Gravura de Olinda de 1690 Essas esplêndidas vistas ilustram o ataque holandês à cidade portuguesa de Olinda em 1630. Durante a maior parte do século XVII, Portugal e Holanda fizeram um acordo comercial em que as colônias portuguesas no Novo Mundo produziam açúcar e os holandeses o distribuíam pela Europa usando seus vasta rede comercial. Após a fusão dos reinos de Portugal e Espanha, os holandeses perderam o monopólio da distribuição e criaram a Companhia das Índias Ocidentais em 1621. Pouco depois os holandeses iniciaram seu ataque a Pernambuco, primeiro em Salvador e depois em Olinda. Do alto, a vista do Povo (que depois se transformou em Recife) e Olinda vista do mar. Ao fundo, uma grande vista panorâmica da região repleta de navios, alguns em batalha, e a cidade do Povo já em chamas. "[Povo [with] Villa d Olinda d Pernambuco]", Leti, Gregorio](https://turismo.b-cdn.net/wp-content/uploads/2023/04/Gravura-de-Olinda-de-1690-1024x767.jpg)


Guia Turístico de Olinda em Pernambuco
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