Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral: A Viagem

Embora a prioridade no descobrimento do Brasil caiba ao navegador espanhol Vicente Yánez Pinzón, o descobrimento oficialmente válido, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, é o do português Pedro Álvares Cabral, cuja viagem passamos a estudar.

Map of the New World from 1554 "Mundo Novo", De Medina, Pedro Period: 1554 (circa) Publication: L'Arte del Navegar This extremely rare map was issued in the Italian edition of Medina’s "Art of Navigation," which is considered to be the first practical book on the science of navigation. Medina traveled to the New World with Cortes, so the map is based in part upon his own knowledge and observation. First published in 1545 in a slightly larger version, Medina's map was the first to depict the Papal Line of Demarcation, which runs prominently down the middle of the map. The Line was a result of the Treaty of Tordesillas in 1494 by which all lands to the west of the line belonged to Spain (including most of the Americas) and all lands to its east to Portugal (including a portion of eastern Brazil). Medina's map was also the first to depict the Rio Spiritu Santo (R. Spi. San.) in Texas. Geographically, the region around Central America is reasonably well depicted including the Isthmus of Panama, although the Yucatan peninsula has reverted to an insular form. In South America, a prominent Amazon River flows northwest nearly reaching Panama. Most of the details along the eastern shore of North America are not easily distinguishable, although a distinct Gulf of St. Lawrence appears based on the explorations of Jacques Cartier. The land to the west of Mexico stretches in a southwesterly direction and is labeled Nova Spagna. Surrounding a large compass rose is a series of sailing ships indicating the navigational routes to and from Spain to the New World.
Este mapa extremamente raro foi publicado na edição italiana da obra «A Arte da Navegação», de Medina, considerada o primeiro livro prático sobre a ciência da navegação. Medina viajou para o Novo Mundo com Cortés, pelo que o mapa se baseia, em parte, nos seus próprios conhecimentos e observações. Publicado pela primeira vez em 1545 numa versão ligeiramente maior, o mapa de Medina foi o primeiro a representar a Linha Papal de Demarcação, que se estende de forma proeminente pelo meio do mapa. A Linha foi resultado do Tratado de Tordesilhas, de 1494, pelo qual todas as terras a oeste da linha pertenciam à Espanha (incluindo a maior parte das Américas) e todas as terras a leste pertenciam a Portugal (incluindo uma parte do leste do Brasil). O mapa de Medina também foi o primeiro a retratar o Rio Spiritu Santo (R. Spi. San.) no Texas.

1. A Expedição

Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral: A Viagem
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Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral: A Viagem

Recebida, pelo rei Dom Manuel I, a notícia dos bons resultados da viagem de Vasco da Gama à Índia, cuidou-se logo, em Portugal, da preparação de outra armada mais poderosa que, aproveitando-se da experiência fornecida pela anterior, pusesse em prática os planos de estabelecimento de intensas relações políticas e mercantis entre o reino peninsular e o Oriente.

Em oito meses aprestou-se a frota que, em março de 1500, estava pronta a partir de Lisboa. Compunham-na treze navios de diferentes tonelagens, na sua maior parte naus, incluindo-se algumas caravelas e duas embarcações financiadas por particulares.

Para capitão-mor da esquadra foi nomeado o fidalgo Pedro Álvares Cabral, alcaide-mor de Azurara e senhor de Belmonte, descendente de navegadores. Para desempenho de sua missão diplomática, comercial e, eventualmente, militar, foram-lhe dadas minuciosas instruções.

Acompanhavam-no alguns dos mais notáveis navegantes portugueses da época, dentre os quais Bartolomeu Dias, o descobridor do Cabo da Boa Esperança, e seu irmão Diogo; Nicolau Coelho, como este, participante da expedição de Gama. Como subcomandante, Sancho de Tovar; como piloto principal, Pêro Escolar.

Outros comandantes eram Simão de Miranda, Pedro de Ataíde, por alcunha “Inferno” (da nau São Pedro), Nuno Leitão da Cunha (da Anunciada), Vasco de Ataíde, Luís Pires, Aires Gomes da Silva, Simão de Pina e Gaspar de Lemos.

O bacharel mestre João, físico, isto é, médico e cirurgião de Sua Alteza, também vinha na frota.

Funcionários destinados à feitoria a ser fundada em Calecute — entre os quais o feitor Aires Correia e o escrivão Pêro Vaz de Caminha; frades franciscanos — chefiados por Frei Henrique de Coimbra; malabares trazidos da Índia pelo Gama; o judeu Gaspar, intérprete — completavam, com marinheiros, soldados, padres seculares, mercadores e degredados, a importante expedição de 1.200 participantes.

Expedição de Pedro Ávares Cabral em 1500 — frota portuguesa ancorada num porto ao amanhecer, pronta para zarpar; treze navios de diferentes tonelagens (naus robustas com velas quadradas, algumas caravelas com velas latinas), cordame detalhado, velas arriadas parcialmente, mastros altos e bandeiras de Portugal tremulando. No convés da nau capitânia, destaque para Pedro Álvares Cabral em postura de comando — traje nobre do início do século XVI (gola alta, gibão, capa curta, espada e elmo ao lado), recebendo mapas e instruções de oficiais; ao redor, marinheiros, soldados armados com arcabuzes e espadas, frades franciscanos com hábito simples, o bacharel-mestre médico com instrumentos, mercadores e o escrivão Pêro Vaz de Caminha com pergaminhos. Presença de navegadores notáveis (Bartolomeu Dias e irmão, Nicolau Coelho) em trajes de marinheiro de época conversando com o piloto Pêro Escolar e o subcomandante Sancho de Tovar. Em segundo plano, oficiais organizando suprimentos — barris, cordas, mercadorias e malabares exóticos trazidos da Índia; pequenas embarcações de apoio na água. Atmosfera: alvorada quente, névoa leve sobre o mar, luz dourada iluminando rostos e madeiras envelhecidas, sensação de expectativa e grandeza histórica.
Expedição de Pedro Ávares Cabral em 1500 — frota portuguesa ancorada num porto ao amanhecer, pronta para zarpar; treze navios de diferentes tonelagens (naus robustas com velas quadradas, algumas caravelas com velas latinas), cordame detalhado, velas arriadas parcialmente, mastros altos e bandeiras de Portugal tremulando. No convés da nau capitânia, destaque para Pedro Álvares Cabral em postura de comando — traje nobre do início do século XVI (gola alta, gibão, capa curta, espada e elmo ao lado), recebendo mapas e instruções de oficiais; ao redor, marinheiros, soldados armados com arcabuzes e espadas, frades franciscanos com hábito simples, o bacharel-mestre médico com instrumentos, mercadores e o escrivão Pêro Vaz de Caminha com pergaminhos. Presença de navegadores notáveis (Bartolomeu Dias e irmão, Nicolau Coelho) em trajes de marinheiro de época conversando com o piloto Pêro Escolar e o subcomandante Sancho de Tovar. Em segundo plano, oficiais organizando suprimentos — barris, cordas, mercadorias e malabares exóticos trazidos da Índia; pequenas embarcações de apoio na água. Atmosfera: alvorada quente, névoa leve sobre o mar, luz dourada iluminando rostos e madeiras envelhecidas, sensação de expectativa e grandeza histórica.

2. A Viagem de Pedro Ávares Cabral

Ouvida missa solene na Ermida do Restelo, em Belém, com a presença do rei Dom Manuel, a 8 de março de 1500 embarcaram no Tejo os expedicionários.

Zarpando no dia seguinte, a 9 do mesmo mês, a 14 de março avisaram uma das Ilhas Canárias; a 22 de março passaram por São Nicolau, no grupo de Cabo Verde; a 23 de março ocorreu o primeiro incidente: tresmalhou-se a nau de Vasco de Ataíde, sem que repetidas buscas lograssem encontrá-la.

Navegando no rumo de sudoeste “por este mar, de longo”, na expressão de Pêro Vaz de Caminha, insubstituível cronista do acontecimento, atravessou a expedição a linha equatorial e o Atlântico, de modo a aproximar-se do Brasil, nas alturas da costa sul do atual estado da Bahia.

A 21 de abril surgiram os primeiros sinais de terra próxima: ervas compridas, boiando, “a que os marcantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno”. E na manhã seguinte, “aves, a que chamam fura-buchos”.

À tarde do mesmo dia, quarta-feira, 22 de abril, foi visto, primeiramente, “um grande monte, muito alto e redondo”, ao qual pôs o capitão-mor o nome de Monte Pascoal, por estarem então na Páscoa; “e outras terras mais baixas, ao sul dele”; e “terra chã com grandes arvoredos”, a que denominaram Vera Cruz.

Singrando em sua direção, tiveram de fundear, sem alcançá-la, ao cair da noite.

Viagem de Pedro Ávares Cabral — sequência visual em uma única imagem ou painel dividido em cenas conectadas. Primeiro plano esquerdo: missa solene na Ermida do Restelo em Belém ao amanhecer — clero, fidalgo e reis em trajes do início do século XVI, procissão, velas e barcos no Tejo prestes a zarpar; embarque de marinheiros e estiva de provisões. Centro: a frota em mar aberto sob céu amplo — naus e caravelas com velas desfraldadas, cordame, bandeiras de Portugal; destaque para uma nau em dificuldade (a nau de Vasco de Ataíde) com velas danificadas e marujos à deriva buscando-na, sugerindo perda. Sequência de navegação: pequenas vinhetas integradas — ilhas canárias avistadas, o arquipélago de Cabo Verde passando ao longe, mapa náutico com rota marcada rumo ao sudoeste, cruzando a linha equatorial (sutileza: latitudes/estrelas). Em destaque narrativo à direita: sinais de terra — ervas compridas boiando ('botelho'), aves exóticas no céu ('fura-buchos'), e ao fundo o relevo marcante do 'Monte Pascoal' — monte alto e redondo iluminado pela luz dourada da manhã de Páscoa; mais ao sul, terra chã com grandes arvoredos rotulada 'Vera Cruz'. Na base, convés com marinheiros observando, Pêro Vaz de Caminha escrevendo em seu pergaminho, pilotos conferindo instrumentos, atmosfera de tensão e esperança.
Viagem de Pedro Ávares Cabral — sequência visual em uma única imagem ou painel dividido em cenas conectadas. Primeiro plano esquerdo: missa solene na Ermida do Restelo em Belém ao amanhecer — clero, fidalgo e reis em trajes do início do século XVI, procissão, velas e barcos no Tejo prestes a zarpar; embarque de marinheiros e estiva de provisões. Centro: a frota em mar aberto sob céu amplo — naus e caravelas com velas desfraldadas, cordame, bandeiras de Portugal; destaque para uma nau em dificuldade (a nau de Vasco de Ataíde) com velas danificadas e marujos à deriva buscando-na, sugerindo perda. Sequência de navegação: pequenas vinhetas integradas — ilhas canárias avistadas, o arquipélago de Cabo Verde passando ao longe, mapa náutico com rota marcada rumo ao sudoeste, cruzando a linha equatorial (sutileza: latitudes/estrelas). Em destaque narrativo à direita: sinais de terra — ervas compridas boiando (‘botelho’), aves exóticas no céu (‘fura-buchos’), e ao fundo o relevo marcante do ‘Monte Pascoal’ — monte alto e redondo iluminado pela luz dourada da manhã de Páscoa; mais ao sul, terra chã com grandes arvoredos rotulada ‘Vera Cruz’. Na base, convés com marinheiros observando, Pêro Vaz de Caminha escrevendo em seu pergaminho, pilotos conferindo instrumentos, atmosfera de tensão e esperança.

3. O Descobrimento do Brasil

No dia seguinte, 23 de abril, aproximou-se mais a esquadra, a fim de tomar conhecimento da nova terra descoberta. Reunidos os comandantes na capitania, coube depois a um deles, Nicolau Coelho, o primeiro contato com os indígenas, cuja existência foi então verificada.

A 24 de abril velejou a frota ao longo da costa, por dez léguas, para o norte, à procura de melhor abrigo. Encontrou-o, quase fechado por um recife, e neste Porto Seguro, então assim denominado — hoje a Baía Cabrália — estacionou por toda uma semana. Novamente foi mandado à terra Nicolau Coelho e, com ele, Bartolomeu Dias, no sábado, dia 25 de Abril.

Asseguradas as boas relações com os indígenas, alguns dos quais haviam sido levados a bordo da capitânia e aí cordialmente tratados, decidiu o capitão-mor que fosse celebrada missa no dia seguinte, domingo da Pascoela, no ilhéu hoje chamado da Coroa Vermelha.

Rezou-a Frei Henrique de Coimbra, que depois pregou sobre o descobrimento da nova terra, dedicada à Cruz de Cristo, sob cuja bandeira vinham todos. À distância, na praia, acompanharam os indígenas a cerimônia religiosa.

Depois da missa houve conselho dos comandantes a bordo da capitânia e resolveu-se que se mandaria um emissário ao reino, levando a notícia do achamento, para que o rei mandasse explorar a nova terra, melhor do que se podia fazer então. Também foi decidido que não se tomariam indígenas à força para serem enviados a Portugal.

Mas, para colher informações sobre a terra, aprendendo a língua de seus naturais, aqui ficariam alguns dos degredados que vinham na esquadra.

Para levar aquela notícia foi escolhido o navio de mantimentos, comandado por Gaspar de Lemos.

A distribuição dos gêneros nele contidos pelos demais navios ocupou os dias seguintes. Nisto, como no carregamento de água doce e lenha, então feitos, de boa vontade auxiliaram os indígenas aos marinheiros.

A 27 de abril foi cortado um grande madeiro, com o qual se preparou a cruz que, com as armas e a divisa reais, assinalaria a posse da nova terra para a coroa portuguesa. Erguida solenemente em terra firme, próximo à foz do Mutari, celebrou-se outra missa a 1º de maio, novamente pregando Frei Henrique de Coimbra.

No dia imediato partiu a frota a seu destino e o navio dos mantimentos para Portugal. Aqui ficaram dois degredados e, talvez, também dois grumetes que na noite anterior haviam fugido de bordo.

O Descobrimento do Brasil — Abril–Maio de 1500 — praia do Porto Seguro ao amanhecer, enseada quase fechada por recife; na areia, celebração da missa presidida por Frei Henrique de Coimbra com padres franciscanos, cavalheiros e marinheiros reunidos em torno de uma cruz recém-cortada de grande madeiro; indígenas observando à distância, curiosos e respeitosos. Em primeiro plano, Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias desembarcando, cumprimentando nativos e trocando presentes simples (tecidos, objetos metálicos), enquanto alguns indígenas sobem a bordo da nau-capitânia e são tratados com cordialidade. Ao lado, Pêro Vaz de Caminha escrevendo em seu pergaminho e o feitor Aires Correia e o escrivão arrumando documentos; degredados selecionados conversando com nativos, aprendendo palavras. Cena da elevação da cruz com as armas e a divisa reais — bandeira de Portugal hasteada próxima à cruz; fanfarra contida de marinheiros e gestos cerimoniais. Em plano médio, operação de abastecimento: corte de lenha, enchimento de barris de água, distribuição de mantimentos, indígenas ajudando; ao fundo, a frota ancorada na baía, aparecendo o navio de mantimentos prestes a zarpar (com Gaspar de Lemos no convés) rumo a Portugal.
O Descobrimento do Brasil — Abril–Maio de 1500 — praia do Porto Seguro ao amanhecer, enseada quase fechada por recife; na areia, celebração da missa presidida por Frei Henrique de Coimbra com padres franciscanos, cavalheiros e marinheiros reunidos em torno de uma cruz recém-cortada de grande madeiro; indígenas observando à distância, curiosos e respeitosos. Em primeiro plano, Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias desembarcando, cumprimentando nativos e trocando presentes simples (tecidos, objetos metálicos), enquanto alguns indígenas sobem a bordo da nau-capitânia e são tratados com cordialidade. Ao lado, Pêro Vaz de Caminha escrevendo em seu pergaminho e o feitor Aires Correia e o escrivão arrumando documentos; degredados selecionados conversando com nativos, aprendendo palavras. Cena da elevação da cruz com as armas e a divisa reais — bandeira de Portugal hasteada próxima à cruz; fanfarra contida de marinheiros e gestos cerimoniais. Em plano médio, operação de abastecimento: corte de lenha, enchimento de barris de água, distribuição de mantimentos, indígenas ajudando; ao fundo, a frota ancorada na baía, aparecendo o navio de mantimentos prestes a zarpar (com Gaspar de Lemos no convés) rumo a Portugal.

4. A carta de Pêro Vaz de Caminha

O descobrimento do Brasil teve um narrador à altura do acontecimento: o escrivão Pêro Vaz de Caminha, que, em carta dirigida ao rei Dom Manuel, datada de Porto Seguro da Ilha da Vera Cruz, a 1º de maio de 1500, deu resumida conta da viagem, fazendo, porém, minucioso relato do ocorrido durante os nove dias em que permaneceu a esquadra à vista da nova terra.

Movimentação da Frota de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro
Movimentação da Frota de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro.

Forneceu-nos, assim, precioso e insubstituível documento histórico, de fidelidade certamente inatacável, valendo por verdadeiro “auto do nascimento do Brasil” ou sua “certidão de batismo”, escrita por testemunha dotada de amplos recursos de observação.

Em suas vinte e sete páginas de texto não se encontra informação que possa ser considerada supérflua.

Entre todas, avultam as que dizem respeito aos indígenas. Numerosas e minudentes, não deixam sem registro os menores gestos dos habitantes da nova terra, quer em sua atitude em relação aos europeus que viam pela primeira vez, quer entre eles.

O contato de civilizados e selvagens, sempre objeto de curiosidade, encontra na carta de Caminha interessantíssimo depoimento. A boa vontade recíproca, as atenções do capitão-mor, a alegria comunicativa dos marinheiros — são aspectos que nobremente singularizam esse primeiro encontro entre portugueses e indígenas do Brasil.

Acima de tudo, constituem farto manancial de estudo etnográfico os esclarecimentos oferecidos pela completa descrição ali contida.

Pormenores corográficos, que permitem a identificação do local do desembarque de Cabral e seus companheiros, aliam-se, no precioso documento, a alguns dados proveitosos ao estudo da avifauna e da botânica regionais.

Incidentes do período de permanência da frota em Porto Seguro, as cerimônias religiosas então realizadas, a tentativa de acomodação dos degredados com os “selvagens”, foram minuciosamente computados na carta do escrivão da feitoria de Calecute.

Nem faltou à carta de Caminha a previsão do futuro aproveitamento agrícola da nova terra, ou, no mais próximo, de escala na navegação para a Índia.

“Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente”, isto é, os indígenas — acrescentou como bom cristão, salientando que “esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”.

A Carta de Pêro Vaz de Caminha — 1º de maio de 1500 — foco central no escrivão Pêro Vaz de Caminha sentado à mesa rústica na nau-capitânia ou em abrigo simples na praia de Porto Seguro, escrevendo com pena de metal e tinta sobre pergaminho largo; expressão concentrada, traços refinados de um homem culto do início do século XVI, vestes modestas de escrivão, ao lado tinteiro, mapas enrolados, instrumentos de navegação (astrolábio, bússola), relatos e sementes/fragmentos botânicos recolhidos.
A Carta de Pêro Vaz de Caminha — 1º de maio de 1500 — foco central no escrivão Pêro Vaz de Caminha sentado à mesa rústica na nau-capitânia ou em abrigo simples na praia de Porto Seguro, escrevendo com pena de metal e tinta sobre pergaminho largo; expressão concentrada, traços refinados de um homem culto do início do século XVI, vestes modestas de escrivão, ao lado tinteiro, mapas enrolados, instrumentos de navegação (astrolábio, bússola), relatos e sementes/fragmentos botânicos recolhidos.

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