História e Arquitetura Colonial de São Luís do Maranhão

Conheça a rica História e Arquitetura Colonial de São Luís do Maranhão, um patrimônio que reflete a herança cultural e a beleza única de um dos mais importantes centros históricos do Brasil.

O Centro Histórico de São Luís do Maranhão se destaca pela uniformidade e pela beleza simples e regular dos seus imóveis, formando um dos maiores conjuntos arquitetônicos de essência portuguesa ainda preservados da América Latina.

Este patrimônio é um reflexo da rica cultura e história da cidade, que combina influências indígenas, africanas e europeias.

Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Centro Histórico de São Luís do Maranhão

Patrimônio Histórico

A arquitetura que herdamos dos portugueses é um dos aspectos mais ricos do patrimônio histórico de São Luís.

O acervo de casarões coloniais reflete o modo de vida dos colonizadores que chegaram à cidade, oferecendo um vislumbre do passado e das influências culturais que moldaram a região.

Esse conjunto arquitetônico é tão importante que foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1997, reforçando sua relevância no contexto cultural e histórico global.

Azulejaria

Um dos detalhes mais marcantes da formação arquitetônica de São Luís é, sem dúvidas, a azulejaria. O acervo azulejar da capital reúne preciosidades que revelam o que foi a capital maranhense há alguns séculos: um lugar repleto de luxo e sofisticação.

Os azulejos não apenas embelezam as fachadas, mas também desempenham uma função prática.

Eles refletem os raios solares com intensidade, amenizando o calor no interior das edificações, pois absorvem menos calor. Assim, os azulejos têm a dupla função de embelezar e manter a qualidade do ambiente mais ameno em um clima equatorial.

Acervo Arquitetônico

O Centro Histórico possui um acervo arquitetônico colonial avaliado em cerca de 4 mil prédios, distribuídos por mais de 220 hectares, sendo grande parte deles sobradões com mirantes, muitos revestidos com azulejos portugueses.

Esses imóveis foram construídos pelos senhores que comandavam a produção de algodão na região, representando o apogeu econômico da cidade durante o ciclo do algodão.

Vida Cultural

Formado pelos bairros da Praia Grande e Desterro, a região concentra hoje museus, centros de cultura, teatros, cinema, bares, restaurantes, feiras e uma infinidade de lojas de artesanato.

Estão ali também praças, charmosos becos, escadarias, ladeiras e algumas das mais belas ruas da parte histórica da cidade, como a Rua Portugal, a Rua do Giz e o Largo do Comércio.

É importante ressaltar que a área do Centro Histórico é fechada para o trânsito de veículos, o que proporciona um ambiente mais agradável e seguro para os visitantes.

A Praia Grande é perfeita para tranquilos passeios a pé, e recomenda-se o uso de tênis e sandálias baixas para caminhar sobre o piso de paralelepípedos, além de subir e descer ladeiras e escadarias. Roupas leves e protetor solar são aconselhados para garantir o conforto durante a visita.

Mapa do centro histórico de São Luís do Maranhão
Mapa do centro histórico de São Luís do Maranhão

Videos sobre Centro Histórico de São Luís

Centro histórico de São Luís do Maranhão - Parte 1
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Construções Coloniais e Conjunto arquitetônico de São Luís

  1. As Origens das Construções Coloniais em São Luís
  2. Conjunto arquitetônico e urbanístico dos séculos XVIII, XIX e XX
  3. Arquitetura de casas e sobrados de São Luís
  4. Azulejos de Fachadas de São Luís do Maranhão
  5. Pontos Turísticos do Centro Histórico de São Luís MA

    Construções Coloniais de São Luís do Maranhão
    Construções Coloniais de São Luís do Maranhão

1. As Origens das Construções Coloniais em São Luís: Uma Análise Histórica

A historiadora da Universidade Federal do Maranhão, Antônia Mota, tem realizado diversas pesquisas sobre as origens das construções coloniais. Segundo ela, grande parte das edificações históricas foi erguida mais de um século após a fundação de São Luís.

Contexto Econômico e Social

O momento era promissor para o comércio, pois a elite lusitana residia na cidade. “Através da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, o Marquês de Pombal carreou recursos, e foi neste período que se desenvolveu o cultivo e a exportação de algodão e arroz, o que favoreceu o desenvolvimento da região. Isso atraiu muitos portugueses em busca de negócios e também resultou na vinda de escravos africanos para trabalhar nas lavouras, culminando em um grande aumento da população”, explica Antônia Mota.

Influências Arquitetônicas

A professora ressalta que, na época, a cidade foi beneficiada pela reconstrução de Lisboa, que havia sido devastada por um terremoto. “São Luís se tornou o local de moradia dos proprietários rurais e dos comerciantes. De certa forma, a cidade se assemelhou a Lisboa, uma vez que as técnicas de construção foram influenciadas por esse período de reconstrução”, conta ela.

As pedras talhadas, conhecidas como pedras de cantaria, que se espalham pelas calçadas e ruas do Centro Histórico, foram trazidas para São Luís como lastro dos navios portugueses.

Patrimônio Arquitetônico e Turismo

Atualmente, toda essa arquitetura ainda encanta pessoas do mundo inteiro que visitam a cidade. Fábio Colignac, gerente de uma pousada que funciona há seis anos em um casarão construído em 1835 no Centro Histórico, destaca a importância desse patrimônio.

Os turistas se impressionam com a viagem no tempo proporcionada pelo hotel. A construção, como muitas da época, apresenta uma planta central, onde se localiza o solar — uma área comum geralmente adornada com árvores e plantas. Os cômodos estão dispostos ao redor, e os quartos são confortáveis, mantendo as principais características originais.

As escadas, o assoalho de madeira, os corrimãos e até as escápulas das redes são autênticos. “Esse é o grande desafio: conseguir adaptar esse casarão sem abrir mão do conforto que é geralmente buscado em um hotel, como ar-condicionado e banheiro privativo com água quente”, afirma Fábio.

Impressões de Visitantes

O grego Nikos Papazarkada, que veio de Atenas, se apaixonou pelo que encontrou na cidade. Ele afirma nunca ter visto nada parecido no mundo e descreve tudo como lindo e encantador. Para muitos, o cenário da capital maranhense é realmente irresistível, e essa admiração perdura há 400 anos.

2. Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de São Luís: Séculos XVIII, XIX e XX

São Luís reúne em seu antigo centro um conjunto arquitetônico e urbanístico dos séculos XVIII, XIX e XX, com cerca de 5.600 imóveis tombados (classificados) pelo governo estadual e federal, distribuídos na extensa área que forma o centro histórico.

Diversidade de Estilos Arquitetônicos

As edificações presentes refletem épocas e estilos variados, incluindo o tradicional português, neoclássico, eclético, neocolonial, art déco e moderno, sendo a maioria de arquitetura civil. A tipologia arquitetônica predominante na paisagem urbana é composta por sobrados (prédios com mais de um pavimento), solares, moradas-inteiras, moradas-e-meia, ¾ de moradas, meias-moradas e portas-e-janelas.

O casario apresenta um número considerável de edificações com fachadas revestidas, muitas delas do século XIX, com azulejos provenientes, principalmente, de Portugal.

História e Evolução

Os exemplares arquitetônicos mais antigos datam dos séculos XVIII e XIX. Nos primeiros anos da colonização portuguesa, e até meados do século XVIII, a economia do Maranhão era restrita à produção de subsistência. O historiador maranhense Mário Meireles descreve a situação de miséria de São Luís em 1683 como a de uma cidade “acanhada, de ruas tortuosas, aladeiradas e sem calçamento, em que a quase totalidade das casas era de taipa, recobertas de palha, com urupemas nas janelas”.

A economia do Estado começou a se desenvolver a partir de 1755 com a criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão. Este empreendimento, estruturado pelo Marquês de Pombal, ministro de D. José I (1750-1777), estimulou, por meio de financiamento, a aquisição de ferramentas e mão de obra escrava, colocando o Maranhão no circuito de produção e exportação de produtos agrícolas, especialmente do algodão.

Impactos Sociais e Econômicos

Marques (1970) comenta que a criação da Companhia “alterou profundamente a vida do Estado, abrindo a sua lavoura e seu comércio a um período de franco progresso que se traduziu no enriquecimento material e no aprimoramento intelectual da sociedade”.

No entanto, a promissora economia do Maranhão, baseada essencialmente na mão de obra escrava para a produção das lavouras, entrou em declínio no final do século XIX, logo após a abolição da escravatura em 1888. Esse declínio foi agravado pelas consequências da queda de preço do algodão no mercado internacional.

As tentativas, nem sempre bem-sucedidas, de substituir a atividade agrícola pela implantação de indústrias têxteis culminaram na estagnação do Maranhão no final do século XIX e, inevitavelmente, tiveram fortes reflexos no desenvolvimento urbano de São Luís.

Estilos de casas e sobrados em São Luís MA
Estilos de casas e sobrados em São Luís MA

3. Arquitetura de Casas e Sobrados de São Luís

No sobe e desce das ladeiras e escadarias do Centro Histórico de São Luís, desenham-se as nuances da arquitetura colonial luso-brasileira.

Reflexão da Posição Social

As frentes das casas perfiladas nas ruas da Praia Grande traduziam a posição social de seus proprietários. Juntam-se a elas igrejas, capelas, prédios de função oficial, casas de sítios e instalações industriais, conferindo vínculos e identidade à cidade.

Crescimento Populacional e Mudanças Econômicas

Na segunda metade do século XVIII, a cidade experimentou um salto populacional, passando de 854 habitantes para 16.580, motivado principalmente pela migração de famílias do arquipélago dos Açores e, sobretudo, pela introdução do trabalho escravo africano. Esse crescimento fez com que o bairro passasse a concentrar atividades econômicas, com a abertura de casas comerciais, resultando em maior valorização do solo urbano e diversidade no tamanho dos lotes.

Padrões Arquitetônicos

Portas e janelas, meias moradas e sobrados são alguns dos padrões dos imóveis erguidos na cidade. Ao longo da formação dessa teia urbana, o centro antigo não distinguiu vias principais das secundárias e não impôs a formação de zonas residenciais exclusivas. Habitações e estabelecimentos comerciais coexistiam no mesmo espaço, conferindo um ar de homogeneidade arquitetônica à cidade.

Variedades de Habitação

Existem muitas variações de habitação, incluindo:

  • Porta e janela
  • Meia morada
  • Três quartos (3/4) de morada
  • Morada inteira
  • Morada e meia
  • Casa térrea de comércio
  • Casa térrea de porão
  • Casa térrea de porão e mirante
  • Sobrado de dois e três andares, com ou sem porão e/ou mirante
  • Sobrado de quatro andares

Essas habitações se distinguem mais pela quantidade de cômodos do que pela ornamentação ou sistemas construtivos.

Comércio e Estruturas Residenciais

Com a efervescência do comércio, as moradias ludovicenses passaram a ter portas de ruas. Geralmente, o pavimento térreo era dedicado às atividades comerciais, enquanto os pisos superiores eram reservados para os cômodos íntimos, com comunicação direta entre si. Outra peculiaridade nas residências da região são os ganchos para redes espalhados por todos os cômodos, um costume que perdura até hoje.

Padrões Urbanos

Devido aos lotes serem mais profundos do que largos, as construções obedeciam a padrões urbanos que favoreciam a circulação do ar e a iluminação. Essas edificações eram basicamente desenvolvidas em cinco projeções de plantas: retangular, em L, em C, em U e em O, com predominância das formas em L e em U.

Estilos de casas e sobrados em São Luís MA
Estilos de casas e sobrados em São Luís MA

Veja também Cores das casas e prédios na arquitetura colonial do nordeste

Azulejos e Fachadas de São Luís do Maranhão
Azulejos e Fachadas de São Luís do Maranhão

Veja História e Cronologia dos Azulejos Portugueses

4. Azulejos de Fachadas de São Luís do Maranhão

A primeira informação sobre os azulejos de São Luís, segundo a professora Dora Alcântara, aparece na “notícia sobre uma importação no século XVIII”, que nos fornece o trabalho, recentemente publicado, de Domingos Vieira Filho, Azulejaria no Maranhão.

Nesse trabalho, o historiador Domingos Vieira Filho comenta que, em 1778, chegaram a São Luís 107.402 azulejos. Esses azulejos provavelmente foram aplicados como silhar no interior de igrejas ou residências, pois o gosto por azulejar as fachadas das moradas térreas e sobrados maranhenses só começou a partir da década de 1840.

A Nova Utilização dos Azulejos

Em meados do século XIX, surge no Brasil, como Dora Alcântara relata em seu trabalho Azulejos Portugueses em São Luís do Maranhão, uma “nova forma de utilização do azulejo, que o fez sair do interior de igrejas, conventos, residências apalacetadas ou edifícios de uso oficial, para o exterior” das fachadas.

O revestimento externo com azulejo se generaliza nas cidades litorâneas de norte a sul, destacando-se Belém, São Luís, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre outras cidades que praticam com menos frequência o azulejamento de fachadas.

Aceitação do Azulejo no Século XIX

No século XIX, período áureo da economia maranhense, houve uma ampla aceitação do azulejo como material de revestimento de fachadas, principalmente nos imóveis que pertenciam aos senhores de engenhos e comerciantes portugueses, enriquecidos com a produção e exportação do algodão e do arroz.

Essa aceitação é atribuída à melhoria estética que o azulejo incorpora às fachadas, ao mesmo tempo em que as protege das chuvas de inverno, que ocorrem durante seis meses na região.

Além de Portugal, onde a maior parte dos azulejos foi fabricada, São Luís também recebeu azulejos de outros países, como França, Bélgica e Alemanha, embora em menor quantidade.

No século XIX, um expressivo número de azulejos de tapetes com diversos padrões, manufaturados na técnica de estampilha, foi importado de Portugal para utilização nos revestimentos das fachadas do casario de São Luís.

Entre 1843 e 1879, registra-se a chegada ao porto de São Luís de vários navios com carregamento de azulejos, sendo 90% provenientes de Lisboa e o restante da cidade do Porto.

Aplicação dos Azulejos nas Fachadas

A aplicação do revestimento de azulejos nas fachadas é feita de forma total, parcial ou em adornos isolados. Normalmente, o azulejamento surge na fachada principal (incluindo a frente dos mirantes), mas alguns imóveis de esquina também possuem a fachada lateral com revestimento total ou parcial em azulejo.

Os azulejos de revestimento das fachadas são do tipo tapete ou liso, confeccionados nas técnicas de estampilha, decalque, relevo e marmoreado. A maioria dos padrões define a composição com a repetição (com rotação) de quatro peças, mas também há padrões em que a composição se define em uma única peça.

A maioria dos azulejos que chegaram ao Maranhão apresenta formato de 13,5 cm x 13,5 cm. As guarnições possuem dimensões em torno de 6,75 cm x 13,5 cm (frisos), com peça de canto na dimensão 6,75 cm x 6,75 cm e cercaduras com 13,5 cm x 13,5 cm.

Quando não existia peça de canto própria para determinada guarnição, era comum fazer-se um corte a meia esquadria (45º) para adaptar a combinação ortogonal do friso. Alguns azulejos, pela sua estrutura de desenho geométrico, permitem variações de composição do tapete.

Características Peculiares

Em São Luís, a configuração ou posicionamento das peças de azulejos nas fachadas adquiriu características peculiares pelas diversas formas de aplicação de uma unidade padrão, aparecendo, assim, diferentes composições de tapetes de um mesmo azulejo.

Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão.
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejo Colonial de Fachada no Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejos do Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejos do Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejos do Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejos do Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejos do Centro Histórico de São Luís do Maranhão
Azulejos do Centro Histórico de São Luís do Maranhão

Veja o trabalho – Azulejos de Fachadas de São Luís do Maranhão

5. Pontos Turísticos do Centro Histórico de São Luís MA

  1. Igreja da Sé e Palácio Episcopal
  2. Palácio de La Ravardière
  3. Palácio Cristo Rei
  4. Palácio dos Leões
  5. Praça Benedito Leite
  6. Rua Portugal e Rua do Trapiche
  7. Convento das Mercês
  8. Teatro Arthur Azevedo
  9. Cafua das Mercês
  10.  Casa do Maranhão
  11. Largo do Comércio
  12. Fonte das Pedras
  13. Fonte do Ribeirão
  14. Mercado das Tulhas
  15. Museu Casa de Nhozinho
  16. Museu Solar dos Vasconcelos – Memorial do Centro Histórico
  17. Museu Histórico e Artístico do Maranhão
  18. Museu de Arte Sacra
  19. Beco Catarina Mina
  20. Teatro João do Vale
  21. Centro de Criatividade Odylo Costa Filho
  22. Teatro Alcione Nazaré

1. Igreja da Sé e Palácio Episcopal

Conta-se que no início da colonização, quando portugueses e franceses lutavam pelo domínio das terras, deu-se a Batalha de Guaxenduba (1614).

Igreja da Sé e Palácio Episcopal de São Luís - MA
Igreja da Sé e Palácio Episcopal de São Luís – MA

Em menor número em comparação a La Ravardière, as forças de Jerônimo de Albuquerque ganharam o reforço de uma figura feminina que deu força aos combatentes, servindo-lhes pólvora que ela mesma fabricava com o pó da terra.

Endereço: Av. Pedro II, S/N – Centro

2. Palácio de La Ravardière

Exemplo de prédios administrativos do período colonial, o Palácio de La Ravardière recebeu esse nome em 1962, por ocasião do aniversário de 350 anos da cidade.

Palácio de La Ravardière em São Luís
Palácio de La Ravardière em São Luís

Foi construído por volta de 1689 e é um dos prédios mais antigos da região. Hoje abriga a sede do Governo Municipal e traz à frente o busto de bronze de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, comandante francês e fundador de São Luís.

Endereço: Avenida D. Pedro II, ao lado do Palácio dos Leões.

Visitação: somente visitação externa.

3. Palácio Cristo Rei

Palácio Cristo Rei em São Luís - MA
Palácio Cristo Rei em São Luís – MA

Construído em 1838 para servir de residência ao Comendador José Joaquim Teixeira Vieira, o imóvel representa o luxo das famílias ricas do período colonial.

Foi vendido em 1900 ao então vice-cônsul dos EUA dono de casa bancária em São Luís. Segundo dizem, o cônsul costumava servir as mais sofisticadas iguarias aos mendigos e necessitados e, por isso, passou a ser chamado de “padrinho”.

Em 1908, devido à falência de seu banco e às numerosas dívidas que possuía, suicidou-se e teve o imóvel leiloado. Desde então, o palácio passou por inúmeros proprietários, até que, em 1953, serviu de sede do Arcebispado e recebeu o nome de “Palácio Cristo Rei”. Atualmente, abriga a reitoria da Universidade Federal do Maranhão.

Endereço: Praça Gonçalves, 351 – Largo dos Amores Dias – Centro

Visitação: de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h

4. Palácio dos Leões

Palácio dos Leões em São Luís - MA
Palácio dos Leões em São Luís – MA

Com três mil metros quadrados de área construída, esculpido com o primor da arquitetura neoclássica e localizado em frente à Baía de São Marcos, o Palácio dos Leões serve de residência oficial e sede do Governo do Maranhão.

Ficou conhecido como Palácio dos Leões (Forte de São Felipe) devido aos leões de bronze que guardam suas entradas. Erguido sobre o que um dia foi o Forte de São Luís, ganhou forma de palácio em 1776, quando o Governador Joaquim de Mello e Povoas remodelou a construção com materiais aproveitados da extinta casa dos jesuítas em Alcântara.

Completamente restaurado, merece ser visto não apenas pela arquitetura e suntuosidade, mas também pelos tesouros artísticos e relíquias guardadas em seu interior.

Endereço: Av. Pedro II, S/N – Centro

Visitação: de quarta a sexta, das 14h às 17h, sábados e domingos, das 15h às 17h

5. Praça Benedito Leite

Praça Benedito Leite em São Luís do Maranhão
Praça Benedito Leite em São Luís do Maranhão

Outra oportunidade para um descanso é sentar em um dos bancos da praça e ficar observando a movimentação das pessoas.

Originalmente conhecido como Largo Velho do Val, esse local foi muito frequentado por prostitutas.

A partir do século XIX, foi urbanizada e virou um jardim botânico, que depois foi desmanchado e as grades que cercavam o local derrubadas. Recebeu o nome de Praça Benedito Pereira Leite em homenagem ao estadista, que aparece em uma estátua do canteiro central.

6. Rua Portugal e Rua do Trapiche

Rua Portugal em São Luís - MA
Rua Portugal em São Luís – MA

A Rua Portugal é uma das principais ruas do Centro Histórico de São Luís, onde se concentravam os estabelecimentos comerciais mais importantes da época de sua construção.

Ainda hoje mantém suas raízes, pois possui diversas lojas e comércio ativo, além de repartições públicas. É um polo onde se encontram o Museu de Artes Visuais e a Casa de Nhozinho (Museu que homenageia o artesão maranhense Antônio Bruno Pinto Nogueira que, ao longo da vida, confeccionou brinquedos e figuras do folclore em buriti).

Na esquina com a Rua Portugal está a Rua do Trapiche, onde certamente você vai se encantar com a Mora- da das Artes, local de moradia de diversos artistas que abrem as portas para a visitação de suas obras.

7. Convento das Mercês

Convento das Mercês
Convento das Mercês

Descendo pela Rua da Palma, fomos andando até o Convento das Mercês. Construído no século XVII, o extenso edifício é considerado um dos Sete Tesouros do Patrimônio Cultural Material de São Luís.

Além da arquitetura colonial, é possível visitar ali uma significativa exposição sobre a história da república, cujos itens foram doados pelo ex-presidente José Sarney.

8. Teatro Arthur Azevedo

Teatro Arthur Azevedo em São Luís - MA
Teatro Arthur Azevedo em São Luís – MA

O teatro mais famoso de São Luís é também um dos mais antigos do País. Conserva os traços neoclássicos originais que guardam mais de 200 anos de história e uma beleza comparável a poucos.

Inaugurado em 1817, como Teatro União, foi só no século seguinte que finalmente ganhou o nome do grande mestre da dramaturgia brasileira.

No começo dos anos 90, suas instalações e equipa- mentos foram reformados, transformando o teatro num dos mais modernos ambientes para a arte dramática do País.

Endereço: Rua do Sol, 180 – Centro

Visitação: de terça a sexta, das 15h às 17h

Veja História do Teatro Arthur Azevedo em São Luís do Maranhão

9. Cafua das Mercês

Cafua das Mercês em São Luís - MA
Cafua das Mercês em São Luís – MA

Conta-se que o Cafua das Mercês teria sido um entreposto para o comércio de negros em São Luís, local onde eram expostos e comercializados após desembarcarem.

Hoje, a pequena construção sedia o Museu do Negro, cujo acervo é formado por peças típicas de uma senzala, a réplica de um pelourinho que havia no Largo do Carmo, no centro da cidade, e uma curiosa coleção de peças de artesanato africano feitas em madeira e marfim.

Endereço: Rua Jacinto Maia, Desterro, ao lado do Convento das Mercês.

Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h.

 10. Casa do Maranhão

Casa do Maranhão
Casa do Maranhão

Dos museus que tratam a parte do folclore maranhense, esse foi o que mais me agradou. A exposição é bem organizada no extenso galpão do segundo andar desse casarão histórico em frente ao cais.

Ali também é mostrado o preconceito, dessa vez principalmente a questão racial que separava os negros dos europeus.

A maior parte da exposição faz referência às festas de boi, que teve início como uma brincadeira de escravos e chegou a ser perseguida radicalmente pelos políticos e pela polícia, mas hoje se encontra estabelecida como uma democrática manifestação popular do estado.

11. Largo do Comércio

Típico largo de uma cidade colonial. Muito da história ludovicense aconteceu aqui. Durante os séculos XVIII e XIX, este logradouro da Praia Grande era utilizado para o comércio da cidade e hoje abriga estabelecimentos como bares, restaurantes, lojas e quiosques turísticos.

Mesmo com a decadência econômica na década de 30, ainda hoje encontramos os casarões intactos e com toda a sua beleza arquitetônica em estilo colonial português, fachadas revestidas de azulejos e pedra de cantaria.

12. Fonte das Pedras

Fonte das Pedras em São Luís do Maranhão
Fonte das Pedras em São Luís do Maranhão

Este local é um marco. Foi lá, junto ao que era ainda uma nascente que, em outubro de 1615, Jerônimo de Albuquerque acampou suas tropas enquanto expulsava os franceses de São Luís.

No melhor estilo colonial português, a Fonte das Pedras, instalada num quadrilátero murado, conta com um frontão em alvenaria e carrancas por onde a água jorra fartamente.

Endereço: Rua de Antonio Rayol, próxima ao Mercado Central.

13. Fonte do Ribeirão

Fonte do Ribeirão em São Luís - MA
Fonte do Ribeirão em São Luís – MA

Vários mistérios rondam o monumento e tornam ainda mais curiosa essa fonte construída em 1796 para abastecer de água a população. Seu piso é revestido de pedras de cantaria e a água, sempre farta, jorra de carrancas, em um tanque lajeado.

As carrancas são figuras de aspectos disformes, comumente usadas em fontes, chafarizes e proas de barcos para espantar maus espíritos.

A da fonte representa Netuno, Deus mitológico, senhor dos mares e das águas, que abastecia a população local de água limpa que brotava de sua boca.

Lendas fantásticas também foram criadas sobre suas galerias subterrâneas.

Dizem que servia de comunicação entre frades de uma igreja a outra. Também para transporte ou fuga de escravos e comércio ilegal de ouro e pedras preciosas. Outra lenda é sobre a serpente encantada, que reside nos túneis da galeria e cresce sem parar, e um dia destruirá a ilha de São Luís, quando a cauda encontrar a cabeça.

Endereço: entre as Ruas do Ribeirão e dos Afogados.

Veja História da Fonte do Ribeirão em São Luís do Maranhão

14. Mercado das Tulhas

Mercado das Tulhas em São Luís do Maranhão
Mercado das Tulhas em São Luís do Maranhão

Também conhecido como Feira da Praia Grande, esse mercadão funciona em uma construção do século XIX que foi dividida em diversos quiosques para a venda de produtos regionais como cachaças (incluindo a tiquira, feita a partir da mandioca), doces, licores, alimentos diversos, temperos, roupas e acessórios, panelas, temperos e tudo o que se pode imaginar.

15. Museu Casa de Nhozinho

Museu Casa de Nhozinho em São Luís - MA
Museu Casa de Nhozinho em São Luís – MA

O Museu Casa de Nhozinho está instalado em um sobrado com três pavimentos e fachada de azulejo colonial.

O nome Casa de Nhozinho é uma homenagem ao grande artesão maranhense Antônio Bruno Nogueira, conhecido por Nhozinho, que se destacou pela confecção de rodas de boi feitas de buriti, apesar de ser portador de deficiência.

Ali, os visitantes têm uma amostra das técnicas de produção da cultura material: peças de artesanato indígena, brinquedos dos séculos 18 e 19 e réplicas ou peças originais de embarcações típicas do Maranhão.

O nome desse museu é homenagem a Antônio Bruno Pinto Nogueira, o Nhozinho, nascido no início do século XX em uma cidade litorânea do norte do Maranhão.

Casa de Nhozinho
Casa de Nhozinho

Após uma infância normal, desenvolveu uma doença a partir dos 12 anos de idade que lhe comprometia as funções motoras.

Preso à cama, desenvolveu suas habilidades manuais com a fabricação de brinquedos e outros objetos como presépios, barcos, papagaios, carrinhos de boi, cofres, miniaturas de animais e bonecos de madeira.

Posteriormente, a matéria prima foi substituída por buriti, haste porosa de uma palmeira nativa do Maranhão, mais macia e maleável para o corte. Além das obras do artesão, estão expostas nesse sobrado peças provenientes de diversas técnicas, além de objetos e artefatos do cotidiano regional, como pilões, carros de boi, utensílios de pesca, miniaturas de embarcações, trajes de festas populares e artesanato indígena.

Endereço: Rua Portugal, 185

Visitação: de terça a domingo das 9h às 18h.

16. Museu Solar dos Vasconcelos – Memorial do Centro Histórico

Museu Solar dos Vasconcelos em São Luís - MA
Museu Solar dos Vasconcelos em São Luís – MA

O Solar dos Vasconcelos foi construído no século XIX e é um dos mais significativos exemplares da arquitetura de São Luís. Apresenta uma belíssima fachada de dois pavimentos simétricos e duas por- tas emolduradas em cantaria lavrada.

Reformado e adaptado, recebeu o acervo do Memorial do Centro Histórico, exibindo maquetes e painéis fotográficos que registram toda a história de preservação e revitalização do Centro Histórico de São Luís.

Abriga também uma importante coleção de maquetes de barcos típicos do Maranhão.

Endereço: Rua da Estrela

Visitação: de segunda a sexta, a partir das 9h e, aos sábados, a partir das 13h.

17. Museu Histórico e Artístico do Maranhão

Museu Histórico e Artístico do Maranhão
Museu Histórico e Artístico do Maranhão

O preservado Solar Gomes de Souza, erguido em 1836 no centro de São Luís, pertenceu à família do matemático, astrônomo, filósofo e parlamentar Joaquim Gomes de Souza, o Souzinha.

Transformado em museu em 1973, os objetos em exposição – mobiliário, porcelanas inglesas e francesas, vidros, cristais, e destaque à obra Tauromaquia, óleo sobre tela, de 1950, obra legítima do pintor espanhol Pablo Picasso – reconstituem os ambientes das ricas residências maranhenses dos séculos XVIII e XIX.

Antes de entrar para uma visita guiada, aprecie a fachada, um belíssimo exemplar da arquitetura colonial portuguesa.

Endereço: Rua do Sol, 302 – Centro

Visitação: das 9h às 17h30 e sábados e domingos, das 9h às 17h

Veja Museu Histórico e Artístico do Maranhão

18. Museu de Arte Sacra

Museu de Arte Sacra de São Luís do Maranhão
Museu de Arte Sacra de São Luís do Maranhão

Nesse edifício anexo à catedral, funciona o Museu de Arte Sacra. A visita à exposição ali apresentada é uma boa oportunidade de conhecer um pouco da história da cidade, cuja fundação teve uma celebração de missa dos jesuítas.

As centenas de peças da mostra incluem esculturas, cálices, crucifixos e outros objetos utilizados nas missas.

O Museu de Arte Sacra está ao lado do Museu Histórico e Artístico. Situado em um solar com fachada de azulejos, onde residiu o Barão de Grajaú, Carlos Fernandes Ribeiro e sua esposa, a baronesa Anna Rosa Vianna Ribeiro.

Hoje é um espaço único para contemplar e exibir as valiosas peças de ourivesaria que contam a História da Igreja no Maranhão. Seu acervo, que pertence em parte à Arquidiocese de São Luís, é composto por peças dos séculos 18 e 19 em estilos rococó e neoclássico.

Endereço: Rua 13 de Maio, 500 – Centro

Visitação: das 9h às 17h30 e sábados e domingos, das 9h às 17h.

19. Beco Catarina Mina

Beco Catarina Mina em São Luís - MA
Beco Catarina Mina em São Luís – MA

O Beco Catarina Mina possui uma escadaria de 35 largos degraus em pedras de lioz, datadas do século XIII. Foi batizado em homenagem à Mina Catarina Rosa Pereira de Jesus, uma escrava que mantinha uma loja no local.

A célebre cativa, cuja história lembra a de uma outra escrava igualmente famosa, Xica da Silva, fez fortuna graças ao seu trabalho e às suas ligações com ricos comerciantes da região, que literalmente ficavam de queixo caído com a sua beleza.

Catarina juntou fortuna, comprou sua alforria e transformou-se em senhora de escravos, passando a ser vista pela cidade seguida por um cortejo de mulheres caprichosamente vestidas.

Localizado na Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís.

20. Teatro João do Vale

Teatro João do Vale em São Luís - MA
Teatro João do Vale em São Luís – MA

O Teatro João do Vale fica no coração do centro histórico, no Largo do Comércio, Praia Grande, e é um dos centros culturais mais importantes de São Luís.

É uma homenagem a João Batista do Vale, um dos Artistas mais importantes do Maranhão, elei- to personagem ilustre do Século XX e que já teve obras gravadas por Nara Leão, Dolores Duran, Zé Kéti, Chico Buarque e, é claro, Maria Bethânia, que interpretou seu maior sucesso: “Carcará”.

O Teatro João do Vale é palco de espetáculos regionais e na- cionais, trazendo sempre o melhor da música e da dramaturgia para São Luís.

21. Centro de Criatividade Odylo Costa Filho

Centro de Criatividade Odylo Costa Filho em São Luís - MA
Centro de Criatividade Odylo Costa Filho em São Luís – MA

Complexo Cultural no bairro da Praia Grande, a Biblioteca Ferreira Gullar, com acervo formado por obras de autores maranhenses e sobre o Maranhão.

Está lá também o Cine Praia Grande, sala que exibe filmes de arte, uma galeria de exposições temporárias e o Teatro Alcione Nazaré, inaugurado em 1988 e dispondo de 215 lugares.

No Centro, são oferecidos ainda cursos de arte, como fotografia, desenho, escultura e dança.

Endereço: Rampa do Comércio, 200, Praia Grande

Visitação: todos os dias, das 8h às 20h

22. Teatro Alcione Nazaré

Também conhecido como Teatro Praia Grande, foi cria- do em 1988 inicialmente para receber grupos amadores e ensaios. Foi batizado em homenagem à cantora Alcione, a Marrom, maranhense de corpo e alma.

Endereço: Rua Rampa do Comércio – 200 – Centro Visitação: diariamente, das 8h às 20h.

Guia Turístico de São Luís do Maranhão e Nordeste

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